terça-feira, 5 de setembro de 2017

Desafio Literário Setembro

Este mês desafiamo-lo a ler um livro que se possa ler num só dia ou um livro com mais de 500 páginas:
Uma corveta inglesa parte para terras de Espanha. O objetivo em tempo de guerra peninsular, é concluir uma missão secreta nas Astúrias. A bordo vai o jovem oficial Edgar Burne que faz amizade com o marinheiro Cuba Tom. Cabe aos dois a missão de penetrar por terras de Espanha, numa região montanhosa, e contactar um líder rebelde local. Mas o acaso separa-os e Burne vai ter a uma estranha estalagem. Lá dentro encontram-se duas velhas de rostos medonhos e uma bela jovem morena. Convidam.no a pernoitar. Mas Burne não consegue pregar olho, e ainda mais, parece-lhe ouvir a voz de Cuba Tom, além-túmulo, que lhe diz: "Abra bem os olhos".
Charles John Huffam Dickens, nascido em Portsmouth em 1812, é o mais popular romancista inglês da era vitoriana e um dos mais populares de sempre. Começando a trabalhar aos doze anos, as difíceis e muitas vezes cruéis condições de trabalho que encontrou deixariam uma marca indelével. Apenas interrompida pela sua morte em 1870, a sua produção literária teria sempre como tema central a miséria das classes trabalhadoras e a necessidade de reformas sociais.
Considerada uma das obras mais conhecidas de Henry James, o autor criou uma das suas mais encantadoras heroínas - honesta, moderna, liberal, coquete - e posiciona-a numa sociedade que a contempla com horror.
«Daisy Miller» representa a terna América que é destroçada pelo severo julgamento da aristocracia europeia. Winterbourne, o protagonista masculino é, por outro lado, uma outra face da América, dessa América que ainda não se libertou, que destrói os seus melhores filhos em nome de um puritanismo feroz. Mas qualquer coisa fica desse confronto, qualquer coisa que esbate os antagonismos e que ao mesmo tempo se universaliza porque todas as jovens, todas as mulheres, e até homens, são, afinal, Daisy.

O amor turbulento de Oliveira e da «Maga», os amigos do Clube da Serpente, as caminhadas por Paris em busca do Céu e do Inferno, têm o seu outro lado na aventura simétrica de Oliveira, Talita e Traveler, numa Buenos Aires refém da memória. A publicação de «O jogo do mundo» (Rayuela) em 1963 foi uma verdadeira revolução no romance mundial: pela primeira vez, um escritor levava até às últimas consequências a vontade de transgredir a ordem tradicional de uma história e a linguagem usada para a contar. O resultado é este livro único, cheio de humor, de risco e de uma originalidade sem precedentes. Considerado o romance que melhor retrata as inquietudes e melhor resume o Século XX na visão latino-americana do mundo, desde a sua publicação, gerações de escritores são, de uma maneira ou de outra, devedoras de «O jogo do mundo».
Inglaterra, década de 1520. Henrique VIII está no trono, mas não tem herdeiros. O cardeal Wolsey é o conselheiro do rei encarregue de obter o divórcio que o papa recusa conceder. Neste ambiente de desconfiança e necessidade aparece Thomas Cromwell, primeiro como secretário de Wolsey, e depois como seu sucessor. Cromwell é um homem muito original: filho de um ferreiro bruto, é um génio da política, um subornador, um galanteador, um arrivista, um homem com uma habilidade incrível para manipular pessoas e aproveitar ocasiões. Implacável na procura dos seus próprios interesses, Cromwell é tão ambicioso nos seus objectivos políticos como nos seus objectivos pessoais. O seu plano de reformas é implementado perante um parlamento que apenas zela pelos seus interesses e um rei que flutua entre paixões românticas e fúrias brutais. De uma das melhores escritoras contemporâneas, Wolf Hall explora a intersecção de psicologia individual com objectivos políticos. Com uma grande variedade de personagens e uma rica sucessão de incidentes, recua na história para nos mostrar a Inglaterra dos Tudor como uma sociedade em formação, que se molda a si própria com grande paixão, sofrimento e coragem.

2666
O que liga quatro germanistas europeus (unidos pela paixão física e pela paixão intelectual pela obra de Benno von Archimboldi) ao repórter afro-americano Oscar Fate, que viaja até ao México para fazer a cobertura de um combate de boxe? O que liga este último a Amalfitano, um professor de filosofia, melancólico e meio louco, que se instala com a filha, Rosa, na cidade fronteiriça de Santa Teresa? O que liga o forasteiro chileno à série de homicídios de contornos macabros que vitimam centenas de mulheres no deserto de Sonora? E o que liga Benno von Archimboldi, o secreto e misterioso escritor alemão do pós-guerra, a essas mulheres barbaramente violadas e assassinadas? 2666. Para se ler sem rede, como num sonho em que percorremos um caminho que nos poderá levar a todos os lugares possíveis.

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