quarta-feira, 22 de abril de 2015

Luísa Moniz na EBI Sophia de Mello Breyner

O H(á) Conversa com Escritores saiu novamente fora de portas e levou Luísa Moniz , na passada segunda-feira, à EBI Sophia de Mello Breyner,  onde esteve à conversa com 3 turmas do 4º e 6º anos sobre o seu mais recente livro A escola e os cravos.
Professora durante 30 anos numa escola em Chelas, Luísa, está desde 2011 destacada no SOS-Criança, um dos projetos do Instituto de Apoio à Criança.
E foi inspirada na sua experiência com crianças maltratadas que escreveu o livro Menino como eu, cuja receita reverte para o IAC.
O IAC nasceu em Março de 1983 e tem como objetivos promover e defender os Direitos da Criança, junto de diferentes entidades e instituições e da comunidade em geral. O Projeto Trabalho de Rua com crianças em situação de marginalidade já retirou mais de 600 crianças das ruas, crianças essas que voltaram ou para junto da sua família ou das instituições de onde tinha fugido.
Em 1998, o IAC criou o SOS-Criança um serviço anónimo e confidencial, de apoio às Crianças e Jovens até aos 18 anos. É um serviço de prevenção que pretende atuar antes que a situação de risco se concretize.

O livro A escola e os cravos surgiu de uma inquietação que, Luísa, sente, enquanto professora e cidadã, da falta de conhecimento que as crianças têm sobre a vida antes e depois do 25 de Abril de 1974.
E foi esse o tema dos dois encontros. As diferenças entre a escola dos dias de hoje e a escola antes do 25 de Abril. Falou-se sobre as escolas separadas para rapazes e raparigas, sobre a não existência de lanche, o uso obrigatório de bata, o estrado existente na sala de aulas, o ponteiro que servia para apontar o que estava escrito no quadro e também para bater nos alunos que se portavam mal e nas réguadas que os alunos levavam na mão quando não sabiam a lição.
Falou-se também sobre a revolução, sobre Salgueiro Maia e os cravos que substituiram as armas e ouviu-se  Grândola Vila Morena.

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