sábado, 18 de outubro de 2008

'Ser Ilustrador é dar largas à imaginação'



















Ora, perante a eterna questão quem é que nasce primeiro, o ovo ou a galinha? - neste caso, o que é que nasce primeiro, o texto ou a imagem? – ficamos, mais uma vez, sem conseguir apurar qual a resposta correcta, que estas cousas da ‘criação’ não podem (de todo) ser assim delimitadas; o certo é que, tanto num caso como noutro, ambos dependem (em menor, igual, ou maior grau) um do outro.
Foi esta a vivência experienciada por cerca de 50 crianças da Escola Sylvia Philips, na Sala Infantil da Biblioteca Municipal de Carnaxide. “Imagens Que Contam Histórias” - o ateliê de André Letria direccionado para as Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico do concelho de Oeiras, proporcionou-lhes não só a oportunidade de esclarecer esta como outras dúvidas acerca da importância da ilustração nos livros infantis. Depois de falar sobre “as várias fases do trabalho de concepção de um livro ilustrado, revelando as técnicas e formas de pensar do ilustrador”, André Letria serviu-se de vários exemplos concretos para explicar às crianças que “o texto adquire múltiplos sentidos com a imagem”. De seguida, pegando em simples lápis de cera grossos de várias cores, desenhou despreocupadamente, em grandes folhas brancas, o produto da imaginação de várias crianças, juntando 2 ou 3 pensamentos sobre animais numa só imagem; assim nasceu o ‘Dr. Tifinho’ (a junção de um tigre e um golfinho), o ‘Dr. Juba Carapaça – médico psicólogo’ (uma tartaruga com cabeça de leão), e o “Amochichilalau Pateta Júnior” (uma miscelânea de moreia, tartaruga, piranha e golfinho), entre outros personagens fantásticos. Porque “os livros são seres vivos que falam connosco” através do texto e da imagem.


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