sábado, 19 de abril de 2008

A Selva revisitada

Ainda que grande parte dos participantes no Grupo de Leitores já tivesse lido esta obra, a conversa não esmoreceu nem o assunto se esgotou.
Todos foram unânimes em reconhecer ao escritor o grande domínio da língua portuguesa, o realismo com que descreve os ambientes e as paisagens e a grande fluência dos diálogos.
Apesar de Ferreira de Castro ter apenas frequentado a escola primária, do que aliás se orgulhava, foi nomeado para o Prémio Nobel da Literatura em 1942 e nos anos 50 e 70 ganhou diversos prémios internacionais.
O facto da sua obra se encontrar traduzida em 24 países e ter tido edições em 15 línguas, associado ao seu percurso de vida e às suas habilitações literárias impressionaram os participantes que não exitaram em reconhecer-lhe mérito.
Temas como a emigração, a amizade, a escravatura e as relações humanas em situações extremas foram abordadas quer na perspectiva histórica, quer pela visão das experiências pessoais de cada um.
Uma das participantes trouxe para mostrar ao grupo uma 1ª edição d' A Selva (1930), ilustrada, que muito gostou de apreciar um dos primeiros exemplares disponíveis ao público.
Ficou também a sugestão de uma visita ao Museu Ferreira de Castro em Sintra para ficar a conhcer melhor o autor, o seu percurso e a sua obra.
Em 2001 Leonel Vieira assina um filme baseado n' A Selva de Ferreira de Castro. Na produção cinematográfica mais cara do cinema português, os exteriores foram filmados durante 2 semanas em plena Amazónia, trabalhou uma vasta equipa de técnicos. Contando com um elenco de actores portugueses, brasileiros e espanhóis esta produção custou 3,5 milhões de euros e segundo dados do ICAM foi o filme português mais visto em 2002, com 75.562 espectadores.
- Página do filme A Selva;
- Artigo sobre a vida quotidiana na Amazónia no perído da borracha.

1 comentário:

Anónimo disse...

Que boa escolha de leitura! Pena só ter sabido desta actividade agora!