quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

O Grupo de Leitores da Biblioteca Municipal de Carnaxide convida…



O Grupo de Leitores da Biblioteca Municipal de Carnaxide escolheu para primeiro livro a debater em 2008 “Chiquinho” do autor cabo-verdiano Baltasar Lopes.
A segunda sessão, a realizar em 15 de Janeiro, pelas 19h, vai ser enriquecida com a presença do Prof. Alberto Carvalho, da Faculdade de Letras de Lisboa, que nos vem falar de Baltasar Lopes, a Obra e o Homem.
Recordo passagens de Chiquinho … “Como quem ouve uma melodia muito triste, recordo a casinha em que nasci, no Caleijão.” ou “o destino fez-me conhecer casa bem maiores…, mas nenhuma eu trocaria pela nossa morada coberta de telha francesa e rebocada de cal por fora, que meu avô construiu com dinheiro ganho de riba da água do mar”
Apesar dos Grupos de Leitores serem uma actividade limitada a 15 pessoas, que duas vez por mês conversam, de uma forma informal, sobre um livro previamente escolhido, vimos convidá-lo a juntar-se a nós, numa mesa mais alargada, para conhecer melhor ou ficar a conhecer aquele que se diz ser “Um dos melhores romances da literatura cabo-verdiana. Descrevendo Cabo Verde dos anos 30, o seu interesse resulta não somente do facto de estar apoiado numa realidade que até esta altura tinha sido deixada de lado pelos escritores do arquipélago, mas sobretudo da demanda da personalidade cultural do povo de Cabo Verde Chiquinho é também uma forte denúncia: do abandono a que foram votadas as pessoas de Cabo Verde. As secas destruíam colheitas, a fome estendia as suas garras sobre uma população indefesa e desesperada. No entanto, as personagens desta história alimentam um sonho, uma esperança, todos poderiam ser outra pessoa que não são, se ao menos a terra não fosse madrasta. É aqui que entra o mar, a miragem da América, os baleeiros para correr sete mundos, o futuro prometido para lá da fome, das secas e do sofrimento. Chiquinho é o fio condutor por onde passam todas estas personagens. É através das tribulações deste jovem, de origem modesta, mas livre num mundo desconhecido, que Baltasar Lopes se impõe como um dos principais fundadores da literatura cabo-verdiana.” *
* http://www.novavega.pt/Book.aspx?id=36

Sem comentários: