sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Grupos de Leitores em Dezembro

Chegados a Dezembro é tempo de concluir o primeiro ano de Grupos de Leitores nas Bibliotecas Municipais de Oeiras. Para trás ficaram 9 meses de livros, conversas, troca de experiências e muita aprendizagem. Em volta dos livros, dos autores e dos seus leitores criaram-se laços e ficaram a conhecer-se melhor as histórias de outros pela partilha de leituras.
Em Janeiro próximo será tempo de dar início a uma nova fase desta iniciativa e de reunir novos parceiros para os nossos encontros mensais. Esteja atento!
Até lá, nos próximos dias 4 e 11 de Dezembro os Grupos de Leitores das Bibliotecas Municipais de Oeiras e de Carnaxide vão ler, debater e conversar sobre os seguintes livros:

Biblioteca Municipal de Oeiras








Autor: Ray Bradbury
Título: Fahrenheit 451



Biblioteca Municipal de Carnaxide








Autor: Herman Hesse
Título: Sidharta

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Chocolate

Autor: Joanne Harris


Encantei-me em absoluto com a imagética constante do Chocolate, comestível seguramente, mas acima de tudo, para mim, como riqueza de apuramento e exacerbamento dos sentidos… realmente de beber pelos olhos! Pois, a tradução é capaz de ser um pouco louca, mas mais loucos quem não arisca a magia da comida da leitura e espírito viajeiro ou de olhar com a mala ás costas?

Sofia Sousa, 30 anos, Científica da Educação

Pese embora o excesso de descritivos, ao lê-lo, encontra-se sempre um ambiente de mistério e de oculto que prende do princípio ao fim.Não são apenas os nossos olhos que lêem, mas o nosso olfacto quase sente todos aqueles aromas do chocolate e outras que parecem transmitir-se às nossas papilas gustativas.Parece inverosímil que num período de 50 dias (11/2 a 31/3) tantos acontecimentos decorram provenientes da magia da protagonista.
Maria José Gomes, 70 anos, Bancária Aposentada

Admirei a riqueza descritiva do romance autêntico que é este Chocolate, que também deu um excelente e verosímil filme. Lamento apenas que a tradução, que considero pretensiosa, tenha estragado bastante o gozo que a obra me causou (na linha da chancela tradutore-traditore da minha memória). Desnecessários os abundantes galicismos (repetitivos os Ur. Le criré – Padre Cura ou Prior – Mon père – meu pai) e a grossa asneira do 1.º período da pág. 51 (letter é carta e letra ao mesmo tempo ?!...).
Francisco Adolfo Gomes, 73 anos, Reformado da EDP

entrada n.º 0080

Casa Dividida


Autor: Pearl Buck


Acho que muito nos ensina Pearl Buck sobre a vida na antiga China.

Da mesma autora, a não perder: A Mãe e Para as Minhas Filhas Com Amor.


Maria José Melo, Reformada

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Fernando Pinto do Amaral no Café com Letras


Fernando Pinto do Amaral vai estar, hoje, às 21H30, à conversa com Carlos Vaz Marques, na Biblioteca Municipal de Carnaxide, em mais uma sessão do Café com Letras. Poeta, tradutor, ensaísta e ficcionista, Fernando Pinto do Amaral possui um percurso literário e pessoal notável, tendo já sido distinguido com prémios importantes.

Foi, também, o comissário das duas edições da Festa da Poesia realizadas pela Câmara Municipal de Oeiras.

Apareça...

A minha palavra favorita...

Foi recentemente editado, pelo Centro Atlântico, um livro curioso. Trata-se de um dicionário de palavras pessoais. Este projecto resultou de um conjunto de textos que tem como ponto de partida a seguinte questão: qual a sua palavra favorita? A partir desta permissa foram convidadas 90 figuras de relevo da sociedade portuguesa a elaborar uma reflexão sobre a sua palavra favorita. Palavras sobre a palavra, o repto lançado institui uma demanda que procura pensar, definir, iluminar, desconstruir a palavra escolhida... Do "adágio" de Sofia Lourenço, à "voz" de Luís Adriano Carlos, passando pelo "amor", pela "poesia", pela "água", pela "casa", pelo "corpo", pela "morte" e pela própria "palavra"; com escolhas tão surpreendentes como "obsidiana", "milágrima", "upabiluca", "calicatri" e "encertar", ali se apresentam as mais certas. Entregues como favoritas pelos seus autores, esperando uma leitura atenta...


Uma edição de Jorge Reis Sá

Na Fronteira da Ciência

"Na Fronteira da Ciência" é o tema do ciclo de palestras a decorrer de 12 de Dezembro de 2007 a 16 de Julho de 2008 na Fundação Calouste Gulbenkian (Auditório 2/18H00).
Segundo João Caraça, o director de ciência da Gulbenkian, "A ciência dedica-se ao estudo dos fenómenos da natureza e das suas interacções. Sendo o universo infinito, o processo de o apreendermos, acompanhando o progresso da ciência, não pode parar nem retroceder. A fronteira pula e avança.
Mas a ciência é também um poderoso veículo da cultura das sociedades contemporâneas e do exercício da cidadania. Por este motivo, torna-se necessário que cada vez se faça mais investigação e em melhores condições. O conhecimento científico está na base do espírito crítico, da atitude participativa, da verificação sistemática das condições do funcionamento da realidade de todos os dias.
A democracia é o único regime político que permite questionar livremente a relação da ciência com a sociedade. Ciência e democracia estão, pois, indissoluvelmente ligadas. Importa assim que todos compreendam os desafios e as perspectivas novas que decorrem das actividades na fronteira da ciência. Essas percepções são um poderoso indicador das oportunidades bem como das dificuldades com que se depara a nossa sociedade.
A leitura que fazemos do presente com vista ao futuro é a utopia que se tornará realidade no intervalo de uma geração. Torna-se assim tão importante falar sobre a ciência como fazer investigação na sua fronteira. É este encontro entre a ciência e os cidadãos que é fundamental promover. Para que as suas implicações sejam claras para todos – e para que o gosto pela aventura e pela descoberta perdure como aspiração colectiva."
Para mais informações consulte o Programa e o site das conferências.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

LIVRUS VISTUS - novo sistema operativo da Media Age

Um pouco de humor:
...trata-se de uma deliciosa paródia sobre a resistência à tecnologia (neste caso à literacia da informação), que afinal de contas é algo que persegue e atormenta, muito boa gente, desde a longa e escura noite dos tempos...
É divertido e não ofende. :-)

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Conversas na Aldeia Global com Samuel Almeida e Simão Oliveira

No sábado 24 de Novembro, pelas 17h00, a “Conversa na Aldeia Global” vai abordar a temática “Second Life: Universidade de Aveiro no mundo virtual”.
O Samuel Almeida e Simão Oliveira, membros da equipa second.ua, vêm partilhar a sua visão sobre este projecto. Actualmente a frequentar disciplinas do Mestrado em Comunicação Multimédia da Universidade de Aveiro, foram parte integrante da equipa que conceptualizou e implementou o projecto second.ua - a ilha da Universidade de Aveiro no Second Life, no âmbito da disciplina de Projecto I da licenciatura em Novas Tecnologias da Comunicação.
Desenvolvem também actividades projectuais paralelas na área do Second Life na sua vertente implementativa, tendo estado activamente envolvidos no desenvolvimento do projecto e Justice Centre.
Aularium
Contamos consigo para mais uma sessão de conversas na Aldeia Global moderada por Vasco Trigo!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

O Alfaiate do Panamá

Autor: John Le Carré


Sobressaiu na trama do livro os artifícios utilizados pelas personagens do Alfaiate e do Ornard sendo a do primeiro que mais apreciei pois conseguiu subir na vida não só com aldrabices mas com a ajuda da sua profissão que desempenhava eficientemente e pela vida e pelo amor que dedicava à sua família. Enquanto a Osnard era apenas um “Bom vivant”.

Maria José Antunes, Bancária Aposentada

ver este título no catálogo da biblioteca

entrada n.º 0078

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Prémio para Pedro tamen


O Prémio de Poesia Luís Miguel Nava para livros publicados em 2006 foi atribuído por unanimidade a Pedro Tamen, por "Analogia e Dedos", da editora Oceanos.

A notícia completa pode ser lida aqui.



segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Resistir

Autor: Ernesto Sabato



Absolutamente enternecedor em extasiante cogitação pelo que me parece ser bem central para a existência terrena, na consciência dos homens e até dos seres vivos em geral. Fala num prisma do pessoalmente, para momentos ínfimos do dia, entre grandes conquistas, profundas guerras, até e sempre transversal e finalmente culminando, na morte que o leitor prepara com o escritor, a sua partida tão desgraçadamente, ainda que apacificada, anunciada pelo filósofo, ex-anarqua, activista da polis, justiceiro das gentes, das ideias e coerências; Ofertando-nos mais... este testemunho do tamanho do mundo, para um mundo com algum resistir? ...

Sofia Sousa, Ciêntífica da Educação, 31 anos


entrada n.º 0077

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Conversas na Aldeia Global com o Prof. Fernando Albuquerque Costa

A dar continuidade ao ciclo de conversas na Aldeia Global contamos com a participação do Prof. Fernando Albuquerque Costa na sessão "Aprender com.net", a decorrer sábado 17 de Novembro, às 16H00, no Auditório da Biblioteca Municipal de Oeiras.
O Prof. Fernando Albuquerque Costa exerce funções de assistente convidado da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa. Coordena e participa em projectos que envolvem as áreas das tecnologias de informação e comunicação com vista à concepção, produção e uso de produtos multimédia ao serviço do ensino e aprendizagem.
Aprender com.net será o tema de mais um debate moderado pelo jornalista Vasco Trigo, onde se pretende focar os múltiplos domínios de aplicação das TIC em processos educativos, designadamente, o "e-learning" e os ambientes emergentes das comunidades de aprendizagem virtual.
Até sábado, em mais uma conversa na Aldeia Global!

A Metamorfose

Autor: Franz Kafka


Num ambiente estranho e claustrofóbico, impregnado pelo inusitado e típico senso de humor de Kafka, somos alertados, através da história de um Homem que se metamorfoseou num insecto, para um conjunto de questões actuais e pertinentes.
Surge-nos uma metáfora do mundo moderno, na qual encontramos o Ser Humano alienado pela sociedade, marginalizado, vítima de total incomunicação.Deparamo-nos com o pessimismo do indivíduo face ao futuro, o receio da perda de identidade humana e a importância das relações familiares, nomeadamente o papel do Pai.
Estamos perante uma obra agressiva e perturbadora, mas acima de tudo verídica e intemporal, que funciona como um resgate de valores e preceitos.

Paula Alexandra Silva, Consultora Financeira, 29 anos


entrada n.º 0076

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Ainda um Alfaiate no Canal do Panamá

Na 2ª sessão de Novembro foi tempo de continuar a conversa em torno deste espião tão peculiar. Tendo em conta que alguns dos participantes não comparecerem na sessão anterior fizemos um pequeno resumo do que tinha sido debatido e voltamos a constatar que a grande maioria não gostou deste livro; seja pela complexidade do enredo, seja porque neste caso também o filme não se tornou apelativo. Foi igualmente unânime que este "Alfaiate" não faz jus à escrita de John Le Carré, enquanto autor de grandes histórias como a "Casa da Rússia" ou o "Espião que veio do frio".
Terminada a conversa em torno deste espião anti-Bond houve tempo para pensar nos livros a tratar no próximo ano, afinal 2008 está quase ai!
Dado o entusiasmo de todos foram recolhidas excelentes ideias para os Grupos de Leitores em 2008 e o próximo passo será o de criar um modelo que seja do agrado de todos e que continue a reforçar estes encontros mensais para partilha de leituras e troca de opiniões em torno dos livros, mas essencialmente em torno das pessoas.
Enquanto a edição dos Grupos de Leitores de 2008 não chega, esperamos por si nos próximos dias 4 e 11 de Dezembro, às 18:30, para mais um encontro desta vez na atmosfera futurista de Ray Bradbury em Fahrenheit 451.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

“Quando o temporal escondeu o sol” – Parte II




O livro, “Mãe”, de Pearl Buck continuou nesta sessão dos Grupos de Leitores da Biblioteca Municipal de Carnaxide, inevitavelmente, a realçar as afinidades dos personagens e ambiente rural com diversas regiões e épocas, nomeadamente anos 50 e 60, em Portugal.
A partir daí o personagem “Mãe” vai sendo desdobrado na versão Beirã, Alentejana, Minhota, Madeirense, perdendo a sua identidade Oriental, transformando-se num personagem Universal.
Nesta sessão debruçámo-nos, também, sobre as sessões do Grupo para 2008 e imbuídos em conhecer novos povos, vamo-nos dedicar a autores de países, segundo a nossa perspectiva, constituem, ainda, um enigma, uma nova forma de ver o mundo.
Para Dezembro e para nos despedirmos do ano, recheados de reflexões, terminamos com Siddharta de Hermann Hesse.

A Vida das Palavras


Dia 17 de Novembro, às 15H30


Biblioteca Municipal de Carnaxide

Tudo se passa entre dois universos diferentes: a floresta e o mar. Na floresta vive a família mais ilustre de melros, os Mellos Melros. E, no mar as elegantes Primas Gaivotas.

Com a ajuda do actor Carlos Sebastião e da artista plástica Sara Franqueira vamos fazer um Teatro de Bonecos (do séc. XIX), expressar o sentido das palavras através do corpo e construir um livro a partir de uma história.

Vem descobrir e viver as palavras na Biblioteca de Carnaxide


Público-alvo: Crianças a partir dos 6 anos, pais, avós e amigos.

Informações e inscrições (prévias)

Telf. 21 417 01 65

terça-feira, 13 de novembro de 2007

FEIRA DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE LISBOA - 2007

Mais uma Edição decorrida na Fil da Expo/ Parque das Nações lisboeta, entre dia 8 e 12 do mês de Novembro, compiladora de trabalhos, projectos, revoluções do contemporâneo sob a forma de – imagens de mar, paisagens de guerra, quadros de filmes, bolas com expressões da pessoa, energias eólicas e mecânicas exploradas, esculturas de barcos e candeeiros de penas, bonecos em dimensão humana com os mais incríveis materiais. Ainda, combinando palavras, escritos, prosas e títulos cheios de simbolismo, vídeos plenos de humor e movimento, painéis decorativos, imagens cinéticas a tocar o erotismo, utensílios agrícolas e não só em camursa e tecido, imensos corpos imensos. A livraria com um leque vasto e ameno, i.e. para bastantes gostos do universo da performance artística. Enfim, tudo o que se pode imaginar… Mas, este ano, inspirando talvez mais (a) uma calma, simplicidade e harmonia, onde as cores não se chocam e o design não se anula ou pisa, antes, onde o ser e a existência encontra outro renascimento, outro renascer… até porque o tamanho central das obras era o médio. Apesar de ter escutado um comentário de jovens colaboradoras: «Vamos embora! Afinal isto [a FAC] é só pornografia!».
Contou com a presença de, ao longo de quatro grandes corredores, mais de 30 galerias portuguesas e estrangeiras.

(A imagem reportada mostra apenas uma ideia do que
pareceu oferecer o espaço magnífico da F.A.C 2007)

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Maria do Rosário Pedreira por um Serão...

Em continuação...

»» A Publicação actualmente é acantonada ou em nichos, … relembro do (Pedro) Mexia «O resto da minha alegria»… outro momento alto da minha vida (com os meus poemas) - «A última ceia»[poema escrito pela oradora] lida na Igreja, sei que o Sr. Padre nem apreciaria muito do que escrevo . Há, ainda, muita troca de poesia minha na net; há pouco tempo, «O Canto do Ventos dos Ciprestes» (uma das suas obras) foi pano de fundo para a criação de uma exposição de joalharia. Acho muito interessante os textos que originam outros ‘textos’, é engraçado, é giro.
»» Não procuro exactamente consolo nas leituras, nos livros, o estar bem é que é bom!... livros que me salvariam, um consolo sem um lado terapêutico… gosto antes de ser assicada e de livros que mexem connosco… (Quando quero a terapia) leio o «Porto sudão» de Rollan, «A barragem contra o infinito». Para a leitura é preciso empatia com o que se está a ler.
»» Algo que me fascina na literatura é ‘como se consegue ser finamente má’, a maldade refinada, a perversidade não é tão forte; como Agostina Bessa-Luíz que ao vivo me pareceu mais perto de (atitudes de) maldade refinada…
»» Sou preguiçosa, vou tentar ser mais positiva quando voltar a escrever ou editar poesia.
»» Tenho poucas ambições enquanto escritora mas quero escrever mais… Ah! agora não sei quando edito de novo!...casei-me há pouco tempo, (neste momento) estou a viver… também preciso! Eu quero escrever (contrariamente ao que vem escrevendo na sua maioria) como o amor pode ser bestial.
»» Há frases, ideias, expressões (imagens escritas) que acho ‘parolas’, ‘pirosas’, como “cabelos de trigo” e “lábios de mel” e nestes casos digo logo que não gosto e sugiro que cortem dos poemas ou dos textos. Aconteceu com o José Luís Peixoto salvo erro em «Uma casa na escuridão» ter numa página escrito quarenta vezes ‘lombo e arroz’ ao que lhe disse tira vinte (desta expressão).
Eu quero fazer do livro o melhor possível!
»» Outra coisa que me parece importante é que os autores não devem publicar logo que terminam de escrever (um livro).
»» Tento desenvolver uma relação de confiança com a pessoa escritora.
»» Para mim é-me difícil emendar poemas, sou muito tendenciosa na poesia, não quero ‘puxar ‘ à minha família de eleição (nesta área), não publico poesia.
»» Quando a Florbela Espanca escreve «ser a moça mais linda do povoado» esta (frase) ‘matou-me’! e até fiz uma brincadeira (posteriormente) com ela!!...

sábado, 10 de novembro de 2007

Norman Mailer 1923-2007

O escritor e jornalista norte-americano Norman Mailer, duas vezes vencedor do prémio Pulitzer, morreu hoje, aos 84 anos, no hospital Monte Sinai, em Nova Iorque, por insuficiência renal.Romancista, jornalista e argumentista, Norman Mailer recebeu por duas vezes o prémio Pulitzer (com os livros "Os Exércitos da Noite" e "O Canto do Carrasco") e uma vez o National Book Award.

Autor de cerca de 40 obras, aquele que foi considerado o "enfant terrible" da literatura americana nasceu a 31 de Janeiro de 1923 em Long Branch (Nova Jérsia).

Provocador e cronista ácido da sociedade norte-americana, Norman Mailer cresceu numa família da pequena burguesia judia. Aluno brilhante, escreveu a sua primeira novela aos 12 anos. Ingressou em Harvard em 1939 e licenciou-se em mecânica aeronáutica quatro anos mais tarde. Depois da universidade ingressou no Exército e foi combater para o Pacífico até à sua desmobilização, em 1946.
A guerra forneceu a matéria para a sua primeira obra "Os nus e os mortos" (1948). Com este romance, de um realismo brutal, traduzido para uma vintena de línguas, atinge a celebridade, aos 25 anos.
Ícone da contra-cultura americana durante a década de 1950, Mailer foi um dos fundadores do semanário de culto dos intelectuais, o "Village Voice".
Em 1969 foi candidato à presidência da câmara de Nova Iorque, dois anos depois de ter sido preso por ter denunciado o interesse político dos EUA no Vietname.

Fonte da notícia
Fotografia

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Num ambiente tão traiçoeiro, nada melhor do que ter o seu próprio espião

Na primeira sessão de Novembro dos Grupos de Leitores da Biblioteca Municipal de Oeiras foi tempo de discutir política, relações humanas, responsabilidades e comportamentos.
Num clima de intriga, corrupção e espionagem John Le Carré apresentou-nos a vida de um "alfaiate" no Panamá dos anos 90.
Numa malha complexa de relações sociais, personagens e descrições pormenorizadas a maioria dos participantes no Grupo sentiram-se um pouco perdidos e nem mesmo o visionamento do filme ajudou a clarificar algumas dúvidas e incertezas. Este livro demonstra também o pessimismo e desânimo de John le Carré, cuja novela retrata uma história de espionagem pós-Guerra Fria que pouco ou nada tem a ver com o que estamos habituados nos filmes do 007.


Trailer do filme "O Alfaiate do Panamá"

- Páginas com a biografia do autor 1 e 2;
- Página sobre o filme;
- Entrevista com o realizador e making of;
- Informações sobre o Canal do Panamá.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Conversas na Aldeia Global com o Prof. António Firmino da Costa

O Prof. António Firmino da Costa (Professor Auxiliar no Departamento de Sociologia do ISCTE) dinamiza mais um debate dedicado à componente sociológica da Internet, integrado no ciclo de “Conversas na Aldeia Global”. O encontro, cujo tema é a “Web Social”, está marcado para o próximo sábado, dia 10 de Novembro, às 16H00, no Auditório da Biblioteca Municipal de Oeiras
O Prof. António Firmino da Costa, doutorado em Sociologia pelo ISCTE, tem desenvolvido investigação sociológica em diversas áreas, com abrangência sobre as recomposições estruturais da população e mobilidade social, identidades culturais e contextos locais, literacia e competências sociais, valores e estilos de vida, ciência e sociedade, metodologia das ciências sociais e cultura profissional dos sociólogos.
É autor de diversos livros, capítulos de livros e artigos científicos publicados em revistas da especialidade nacionais e estrangeiras.
Tendo como ponto de partida as entrevistas realizadas aos nossos leitores e questões como: Já fez algum amigo pela Internet que de outra forma nunca o conheceria?, o investigador estará na Biblioteca Municipal em Oeiras com o jornalista Vasco Trigo para mais uma conversa na Aldeia Global.
Contamos consigo!

As Nossas Sugestões - Novembro 2007

Título: A Imperfeição do Amor
Autor: Joaquim Mestre

De quem se fala:
Joaquim Mestre nasceu em Trindade, concelho de Beja. É licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e pós-graduado em Ciências Documentais. Vive no Alentejo, ermo a que alguns chamam a sua casa e onde as pessoas andam com o sol nas mãos e a lonjura no olhar. Vive num monte onde tem uma vinha e sonha um dia um fazer um grande vinho. Gosta de ler e sonhar, de comer e beber, de amar e viajar. E de escrever, também. É autor do livro de contos O Livro do Esquecimento e do romance O Perfumista, editado pela Oficina do Livro em 2006. É director da Biblioteca Municipal de Beja.
O que se diz:
Uma criança que adivinha o futuro e um homem que escreve cartas de amor cruzam-se num universo mágico de lendas e crenças. A vila de Mazouco, na Galiza, nunca mais foi a mesma desde a noite em que uma estrela parou sobre a taberna de Xosé Regueiro e nasceu o seu filho, Quico Regueiro. Os acontecimentos que se seguiram, deixando todos maravilhados, vão construindo e ao mesmo tempo desvendando uma teia narrativa que evoca autores como Juan Rulfo ou Gabriel García Márquez.
Está dito:
“No outro dia, antes de o sol nascer, fazem-se de novo à estrada na direcção de Lugo. O ambiente é outro, o silêncio deu lugar à curiosidade, ao interesse que Quico mostra por conhecer a vida e as histórias de Manoel de la Formoseda”.

Oficina do Livro; 189 p.



Título: O Oficial secreto
Autor: Catherine Jinks

De quem se fala:
Catherine Jinks nasceu em Brisbane em 1963. Cresceu na Papua Nova Guiné. Estudou História Medieval na Universidade de Sidney. Foi Jornalista durante vários anos.
Actualmente vive nas Montanhas Azuis com o marido e a filha.

O que se diz:
O Livro baseia-se em acontecimentos verídicos, envolvendo muitas pessoas reais. As suas histórias estão contadas parcialmente em registos inquisitoriais da época.
O enredo decorre no auge do poder da Inquisição. Como já se tinha afirmado, a maior parte das personagens são verídicas e um dos protagonistas é Bernardo Guy, braço direito de Torquemada. As cenas dos tribunais do Santo Oficio, assim como as condenações, também são verídicas. Bernardo Guy nomeia um padre para seu espião e para se livrar de todos os que lhe possam fazer frente.

Está dito:
“Nunca esquecerei o momento em que pousei os olhos sobre o meu senhor pela primeira vez, na mur de Toulouse. Eu tinha talvez uns dezasseis anos, era pequeno, magro e estava acorrentado como se fosse um boi. A minha cela era escura e húmida, viscosa de limo e excreções. Tinha sido obrigado a passar fome, espancado e cruelmente abandonado pelos meus parentes mais próximos”.

Bertrand Editora; 278 p.


Título: À Minha filha em França
Autor: Barbara e Stephanie Keating

De quem se fala:
Barbara e Stephanie Keating, são irmãs, cresceram no Quénia. Hoje, uma vive em França e a outra na Irlanda.

O que se diz:
Um testamento inesperado, a uma filha desconhecida, que vai alterar a vida de duas famílias.
Uma extraordinária história de paixões proibidas, de sacrifícios feitos por amor e pela honra, de coragem e heroísmo. Um drama histórico que se movimenta entre a França ocupada, a costa de Connemara e a região francesa das vinhas do Languedoc nos anos setenta.

Está dito:
“E depois, daqui a pouco tempo, quando a dor não for tão atroz, tão sufocante, então havemos de plantar as novas vinhas juntos. Por ti, por mim e pelo papá. E pelos nossos filhos.”

Edições ASA; 431 p.


Título: Tão longe de casa
Autor: Curtis Sittenfeld

De quem se fala:
Aos dezasseis anos, Curtis Sittenfeld ganhou o concurso de ficção da Seventeen Magazine e, alguns anos depois, da Mississippi Review. Tem escrito regularmente para publicações como The New York Times e The Washington Post. É licenciada pela Universidade de Stanford e pelo Iowa Writer’s Workshop, recebeu o Michener-Copernicus Society Award e actualmente trabalha como professora de Inglês a tempo parcial na St. Albans School, em Washington.

O que se diz:
Quando, aos catorze anos, Lee Fiora deixa a sua família para ir viver para um colégio interno com uma bolsa de estudo, logo fica estabelecido que a sua adaptação não será fácil. No mundo elitista e privilegiado dos colégios que dão acesso às mais prestigiadas universidades norte-americanas, Lee está como um peixe fora de água. Através da sua personalidade observadora, a jovem fornece-nos um retrato incisivo dos preconceitos sociais existentes, ao mesmo tempo que disseca os triunfos e as inseguranças que tornam a adolescência tão complexa. Bestseller eleito pelo The New York Times como uma das cinco melhores obras de ficção de 2005, adquirido já por 15 países, Tão Longe de Casa é o romance de estreia de uma autora que já foi comparada a Sylvia Plath e J. D. Salinger.

Está dito:
“.”

Editorial Presença; 420p.


Título: O cadáver tatuado
Autor: Val McDermid

De quem se fala:
Val McDermid cresceu numa comunidade mineira da Escócia e leccionou Inglês em Oxford. Foi jornalista durante dezasseis anos e actualmente dedica-se exclusivamente à escrita. Vive em Manchester.
Em 1995 recebeu o prémio Gold Dagger para o melhor romance policial do ano com O Canto das Sereias. Sentença de Morte foi galardoado com o Los Angeles Time Book Prize, classificado como Notable Book of the Year pelo New York Times, recebeu ainda os prémios Anthony, Macavity e Dilys para o melhor livro e foi finalista do Edgar Award. Também Assassino de Sombras foi eleito Notable Book of the Year pelo New York Times.

O que se diz:
Quando uma tempestade de Verão, num monte no Lake District, coloca a descoberto um cadáver repleto de tatuagens bizarras, lendas ancestrais voltam a ser relembradas.
Durante séculos, os habitantes da zona sussurraram que Fletcher Christian, o mentor do motim a bordo da malfadada Bounty, terá encenado o massacre da ilha de Pitcairn, e simulado a sua morte, para poder regressar a casa em segredo. Ainda hoje, continuam a correr rumores de que William Wordsworth, companheiro de infância de Christian, deu abrigo ao fugitivo e contou a sua história através de um poema épico – uma narrativa que desde então permanece escondida. Jane Gresham, perita universitária em Wordsworth, ela própria nativa de Lake District, quer saber de uma vez por todas se este manuscrito ainda existe – ou se alguma vez existiu.

Está dito:
“.”

Gótica; 430 p.

“Quando o temporal escondeu o sol”

Sessão do Grupo de Leitores da Biblioteca Municipal de Carnaxide, em alta, com a Mãe, de Pearl S. Buck. A autora transportou-nos para a China rural do início do séc. xx.
Para uma maior ligação à época, preparámos o visionamento de um pequeno excerto de um filme biográfico da autora, analisámos um conjunto de ilustrações chinesas antigas e debruçámo-nos sobre a sua biografia que nos revelou ser recheada de episódios de vida pioneiros para a época.
Imbuídos nesse clima oriental, dissecámos a imaginação e as acções da Mãe “quando o temporal (lhe) escondeu o sol”, o paralelismo desse personagem que poderia ter vivido na Europa, em África ou em qualquer parte do mundo, questionámos, também, se a origem ocidental da autora influenciou o desenrolar da história, debruçámo-nos, ainda, sobre a atitude do pai face aos filhos e à vida que levava.
Inevitável foi o cunho pessoal dado pelos elementos do Grupo de Leitores claramente provocado pelas diversas origens e vivências de cada um, que imaginaram a Mãe, em Portugal, em Angola, em Cabo Verde, pela Europa ou em qualquer parte do mundo…
Vamos aguardar pela próxima sessão, pois esta Mãe, ainda, tem muito para oferecer.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Oeiras Internet Challenge 2007

Estão abertas as inscrições para o Oeiras Internet Challenge, cujo torneio está marcado para o dia 24 de Novembro, sábado, entre as 10H00 e as 24H00, na Biblioteca Municipal de Oeiras.
Nesse dia, 56 equipas de jovens verão as suas competências de pesquisa e a correcta utilização de diversas ferramentas de busca colocadas à prova, ao longo de cinco desafios. Os melhores serão premiados, sendo que para os primeiros quatro lugares há computadores portáteis, desktops, impressoras e livros, entre outros prémios. Podem participar jovens a partir dos 13 anos de idade.
A dinamizar a fase final do torneio estará o humorista Jorge Serafim, prometendo uma noite de grande animação e de convívio.
Promovido anualmente pela Câmara Municipal, o Oeiras Internet Challenge, projecto baseado na pesquisa de informação na Internet, articula investigação e componente lúdica, proporcionando aos participantes 14 horas de animação ao mesmo tempo que lhes dá a oportunidade de aprender com o potencial das tecnologias.

Lista de Prémios:
As equipas habilitam-se a ganhar diversos prémios, repartidos entre as seguintes tipologias:
1º Prémio
- Dois Computadores Portáteis – DELL Computers e CIL - Centro de Informática - D531 Mobile AMD Sempron 3600
- Duas Mochilas para Portátil - CMO
- Dois Conjuntos de Livros Bulhosa Books & Living
- Dois Cartões Cliente Bulhosa Books & Living (descontos 10%)
2º Prémio
- Dois Computadores Desktop – DELL Computers e CIL - Centro de Informática – OptiPlex 330 MT Core 2 Duo E4400
- Dois Conjuntos de Livros Bulhosa Books & Living
- Dois Cartões Cliente Bulhosa Books & Living (descontos 10%)
3º Prémio
- Dois Computadores Desktop – DELL Computers e CIL - Centro de Informática – OptiPlex 330 MT Pentium Dual Core E2140
- Dois Conjuntos de Livros Bulhosa Books & Living
- Dois Cartões Cliente Bulhosa Books & Living (descontos 10%)
4º Prémio
- Duas Impressoras – DELL Computers e CIL - Centro de Informática – Dell Photo All-In-One Inkjet Printer 946
- Dois Conjuntos de Livros Bulhosa Books & Living
- Dois Cartões Cliente Bulhosa Books & Living (descontos 10%)

Prémios de Participação
3ª Eliminatória - Ratos Sapo e Mousepad’s Sapo
2ª Eliminatória - Memórias USB Sapo
1ª Eliminatória - T-Shirt’s e Bússolas Sapo e CMO

Prémios Especiais
- Leitores/Reprodutores Mp4 CMO

Prémios Surpresa (público visitante)
- T-Shirt’s, Mousepad’s e Memórias USB Sapo e CMO
Informações e Inscrições:
Espaços Multimédia
BMOeiras - 21 440 66 96 BMAlgés - 21 411 89 76 BMCarnaxide - 21 417 01 65
Mais informações em Blog Oeiras Internet Challenge

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Impressões {Positivamente} Desconcertantes por Maria do Rosário Pedreira em Sessão do Café com Letras

Nas palavras absolutamente frontais e exasperadamente determinadas e transparentes da autora de arrebatadores poemas … Maria do Rosário Pedreira por um serão…

»» Gosto de poetas que se fazem entender!!
»» Os melhores poemas são os que não se sabe bem como é que saiem…
»» Depois há os bons – os (poemas) muito rasurados e corrigidos!?...
»» Escrevo num caderninho e por vezes directamente no computador (especialmente quando são romances ou ficção)
»» Para mim escrever Romance e Ficção é muito mais exigente; e normalmente têm fins terapêuticos; houve um Romance que serviu para resolver a morte de uma pessoa, para ajudar muitas pessoas que precisavam de se libertar dos seus fantasmas.
»» Hoje em dia os livros estão a empurrar-se uns aos outros… o tempo de vida numa livraria é muito curto! E o tempo que se perde (ou usa), o que se sofre, o que se arrisca… Um romance faz adiar a vida, é uma paixão.
»» Sou mais editora e leitora que escritora!
»» Publico os livros em tempos circunscritos.
»» O “click” para a leitura muitas vezes dá-se com livros despretenciosos, simples, que as crianças possam perceber, percebam.
»» Sim... Escrevo colecções que fizeram leitores, (adolescentes, crianças, jovens).
»» Considero, como exemplo, o livro da Susana Tamaro «Vai onde te leva o coração» mau e manipulador, nas mensagens que deixa… coisas ‘ideotizantes’ não gostaria de publicar, i.e, que tornam as pessoas mais idiotas.
»» O que gostei mais de publicar… bem, tive uma grande batalha – gostei especialmente como desafio na Gradiva do projecto “Jovens autores portugueses” em que editei (trabalhos de) José Luís Peixoto, Walter H. Mãe…
»» Está claro que uma questão que fica no ar quando se fala de promoção e cativação e alcance da leitura é – o choque, o tal ‘click’ para a leitura. O meu foi sem dúvida com «O Amante» de (M.) Duras e foi bom!...também com - «O Silêncio» de Teolinda Gersão, a poesia de Yates, Mário Henrique Leiria, Poesia de Cesariny (etc.).
»» Quando se gosta de um autor normalmente vamos à procura dos outros livros que escreveu e vai escrevendo! Sim… e tenho um plano de leitura, não é uma vivência caótica! Durante anos só lia Poesia e não Romances – primeiro (António) Lobo Antunes com a «Memória de elefante» - aliás, que (curiosamente) diziam os professores da altura, da Faculdade de Letras, que era totalmente comercial, como se diz hoje da Margarida Rebelo Pinto…Hoje em dia já não leio tanto Lobo Antunes, custa é preciso dedicar muito tempo para o ler.
»»”A lente que aprofunda e não ilumina o escuro” de Clarisse Lispector está presente na minha percepção da leitura (e da linguagem)…
»» Gosto ainda (da literatura) de Fernando Pinto do Amaral, Vasco Graça Moura, David Mourão Ferreira, Eugénio de Andrade, (da Poesia obscura de 61) Gastão Cruz; Por exemplo o Manuel (de) Freitas acho feio, não me diz nada (a sua poesia), Herberto Hélder é outro que não é da minha família (poética)… sim, conheço bem a minha família na/da poesia, ou de poetas!...

( em continuação...)

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Grupos de Leitores em Novembro

Com o início do mês é tempo de preparar a leitura de novos livros para os Grupos de Leitores das Bibliotecas Municipais de Oeiras.

Nos dias 6 e 13 de Novembro os Grupos de Leitores da Biblioteca Municipal de Carnaxide e da Biblioteca Municipal de Oeiras vão reunir-se para falar sobre estas obras:

Biblioteca Municipal de Carnaxide







Autor: Pearl S. Buck
Título: A Mãe


Biblioteca Municipal de Oeiras





Autor: John Le Carré
Título: O Alfaiate do Panamá