quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

AS NOSSAS SUGESTÕES - FEVEREIRO DE 2007

Titulo: Nove Mil Passos
Autor: Pedro Almeida Vieira

De quem se fala: Pedro Almeida Vieira, escritor e jornalista português, nasceu em Coimbra a 17 de Novembro de 1969 e licenciou-se em Engenharia Biofísica na Universidade de Évora em 1993. Dois anos mais tarde tornar-se-ia jornalista "freelancer", com colaborações nos jornais Expresso e Diário de Notícias, bem como nas revistas Fórum Ambiente e Grande Reportagem. Em 2003 publicou um livro de ensaio de temática ambiental intitulado «O Estrago da Nação». No ano seguinte editou o seu primeiro romance histórico (Nove Mil Passos), sobre a construção do Aqueduto das Águas Livres. Um ano mais tarde, em finais de 2005, publicou novo romance histórico (O Profeta do Castigo Divino), que aborda a vida do jesuíta Gabriel Malagrida e a ascensão política do Marquês de Pombal, desenrolando-se a trama no período imediatamente anterior ao terramoto de Lisboa de 1755. Em 2006, publicou um livro de investigação sobre a floresta e os incêndios em Portugal, intitulado «Portugal: O Vermelho e o Negro».

O que se diz: Francisco d´Ollanda - um dos primeiros humanistas portugueses - toma, no século XVI, a incumbência de encontrar uma solução para a sede crónica na capital do Reino. Mas várias adversidades abortam esta tentativa. A sua morte acaba, contudo, por não ser um obstáculo a que «acompanhe» e nos relate as suas peripécias da construção do Aqueduto das Águas Livres, iniciada apenas no reinado de D. João V na primeira metade do século XVIII. Sob a forma de espírito omnipresente e omnisciente, ele narra paralelamente num tom intimista e humorístico. Mas ter-se-á Francisco D´Ollanda limitado ao papel de testemunha durante duas décadas que levaram a ligar, numa extensão de Nove Mil Passos, a fonte das Águas Livres a Lisboa?

Está dito: “Houve apenas duas pessoas que o afrontaram directamente nestes assuntos. Uma levou com galinha, a outra deu-lhe o arroz. A primeira delas fora o seu confessor, Padre Martinho de Barros, que teve, um dia, o descaramento de o repreender no confessionário por causa de tão desviante caminho para o Céu. Como resposta, Sua Majestade deu ordens para que, a partir daí, dessem ao tão venerável clérigo apenas, e só apenas, galinha depenada. Em todas as refeições”.

Dom Quixote; 261 pag.




Título: Os novos mistérios de Sintra
Autor: Vários


De quem se fala: Alice Vieira – Nasceu em Lisboa há algumas décadas. Estudou para professora – e nunca ensinou ninguém. Sempre sonhou ser jornalista – e foi. Nunca pensou ser escritora – e é. É a vida. João Aguiar – Nasceu em Lisboa, em 1943. É licenciado em Jornalismo pela Universidade Livre de Bruxelas. Iniciou a sua carreira literária aos 40 anos com “A Voz dos Deuses”. José Fanha – Nascido em 1941. Arquitecto, professor e formador, poeta, escritor de histórias e poesia para a infância. Guionista de televisão e cinema. Dramaturgo. Declamador e animador cultural desde o tempo em que acompanhava o Zeca Afonso, o Adriano e os outros. José Jorge Letria – Jornalista, escritor com vasta obra publicada e premiada em Portugal e no estrangeiro e autor de programas de televisão. Nasceu em Cascais em 1951. É vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Autores. Luísa Beltrão – Mãe de 7 filhos, professora de Filosofia e Psicologia. Romancista, publicou a tetrologia “Uma História Privada”. Mário Zambujal – Crónica dos Bons Malandros, Histórias do Fim da Rua, (…) são livros publicados deste escritor, jornalista, cronista, também autores de textos para a rádio, televisão e teatro. Nasceu em Moura no ano de 1936. Rosa Lobato de Faria – Nasceu em Lisboa e começou a escrever poesia ainda na infância. É autora de vários romances, entre os quais “Prenuncio das Águas” (Prémio Máxima 2000), livros de poemas, histórias infantis, peças de teatro e guiões de televisão. É também conhecida do grande público como actriz de televisão e cinema.

O que se diz: Gonçalo, um professor de História, vê-se fechado no Palácio da Vila numa estranha sala pentagonal sem saída. Desmaia e, quando acorda, tem na mão uma chave que pode dar acesso a um tesouro antiquíssimo e desencadeia uma inquietante e movimentada aventura. Sob a presença da Serra da Lua, tão imponente como propícia ao mistério, o leitor vai cruzar-se com misteriosos encontros no poço esotérico da Quinta da Regaleira, viagens pela nossa História onde se encontram Templários e maçons, um satanista duvidoso, venenos instantâneos, amores oblíquos, uma intriga internacional, um assassinato inexplicável, e tudo o mais que adiante se verá. Este romance é acima de tudo um grande divertimento de sete escritores que se encontraram pelo puro prazer de inventar uma história e de escrever cada um a sua fatia com mestria e sem preconceitos.

Está dito:“Uma chave desconhecida, por si só um objecto de arte. E de repente aquele mal-estar que a chave me provoca transformou-se numa espécie de alívio de descoberta. Esta era a chave”.

Oficina do Livro; 248 pag.



Titulo: Reconstrução
Autor: António Orejudo

De quem se fala: Antonio Orejudo Utrilla nasceu em Madrid em 1963. É Licenciado em Filologia Hispânica. Doutorou-se nos Estados Unidos onde trabalhou como professor durante sete anos. Ganhou o XV prémio de Novela de Andaluzia com a obra Ventajas de viajar en tren.

O que se diz: Em 1535, no coração de uma Europa convulsa depois do cisma de Lutero, sucedem-se as rebeliões contra a Igreja católica. Na cidade alemã de Münster, um orador particularmente preparado, Bernd Rothmann, encabeça a revolta contra a corrupta hierarquia católica. Dezoito anos depois, quando a sublevação de Münster é apenas uma recordação e a Inquisição persegue qualquer indício de heresia, o inquisidor geral de Lião tem que identificar com urgência o autor de um manuscrito anónimo, especialmente venenoso, e impedir a sua difusão.Um romance sobre as guerras religiosas do séc. XVI, finalista do Prémio LIibreter dos Livreiros de Barcelona e Catalunha.

Está dito: “O bispo Frederick sempre soube que aquele rapaz era excepcional e que teria sido uma pena que não continuasse os estudos na universidade. Falou com o pai de Bernd, reuniu-se com os grémios e convenceu-os para que custeassem os seus estudos em Colónia, embora isso significasse uma longa separação (…)”

Dom Quixote ; 202 pag.



Titulo: Uma Deusa na Bruma
Autor: João Aguiar

De quem se fala: Nascido em Lisboa em 1943, João Aguiar licenciou-se em Jornalismo pela Universidade Livre de Bruxelas. Trabalhou como jornalista não só na imprensa, como na rádio e na televisão e iniciou a sua carreira literária em 1984 aos quarenta anos com a obra A Voz dos Deuses, que se tornou um sucesso editorial. Abandonou a carreira jornalística em 1994, e a partir daí vários livros se seguiram, como O Trono do Altíssimo, a Hora de Sertório ou a colecção juvenil O Bando dos 4.

O que se diz: Em meados do século II a.C., as gentes de Entre-Douro-e-Minho viviam, com razoável inconsciência, os derradeiros anos da sua civilização.No Leste e no Sul da Península Ibérica, a República Romana já se implantara e as suas legiões procuravam alargar esse domínio, mas no Noroeste a ameaça parecia longínqua, tanto mais que os Numantinos e os Lusitanos mostravam ser um formidável obstáculo ao avanço romano, sobretudo a partir do momento em que um certo guerreiro, chamado Viriato, assumira a chefia da resistência lusitana. Mas, de súbito, estes obstáculos caem: Numância submete-se, ainda que temporariamente, e Viriato é morto à traição. E o procônsul Décimo Júnio Bruto marcha para Norte, passa o Tejo, entra na Lusitânia e aproxima-se das margens do Douro...Neste livro a história não se centra em Viriato, mas em Túrio que vive em Tarróbriga. Filho do chefe, Túrio é um rapaz fraco que cedo revela a capacidade de falar pelos Deuses - apesar de renegado pelo pai por não possuir as capacidades guerreiras do irmão, Túrio consegue ser aceite e criar o seu próprio lugar.

Está dito: “– O que é isso? O que estás a fazer? - insistiu.- Estou a … - Antubelo hesitou, à procura da melhor forma de explicar, porque a língua deles não possuía um termo adequado. Por fim, optou por responder que aquela era uma maneira de gravar, na cera ou na pedra, os pensamentos, ou melhor, as palavras que serviam para os dizer. - A isso, chamam os Romanos «escrever» - acrescentou – Por exemplo: vou escrever aqui o teu nome, Túrio…”

Edições Asa ; 333 pag.

ver este título no catálogo da biblioteca



Título: Biblioteca
Autor: Gonçalo M. Tavares

De quem se fala: Nasce a 1970. É bolseiro do Ministério da Cultura, na área da poesia. Em 2001, publica o seu primeiro livro, Livro da Dança (poesia). Seguem-se O Senhor Valéry (pequenas ficções) pelo qual ganha um Prémio da fundação Calouste Gulbenkian, e Investigações. Novalis (poesia) também premiado. Em 2002 são editados O Homem ou É Tonto ou É Mulher e a colher de Samuel Beckett e Outros Textos (teatro). Postumamente aparecem O Senhor Henri (pequenas ficções) e Um Homem:Klaus Klump (romance); em 2004 – A Máquina de Joseph Walser (romance) e O Senhor Juarroz e O Senhor Brecht (pequenas ficções); a 2005 – Jerusalém (romance) e em 2006 – Breves notas sobre Ciência (ensaio). Está actualmente, traduzido em inúmeras línguas.

O que se diz: Pequenos textos sobre diversificadíssimos re-nomes culturais, literários, filosóficos, como sejam, Dostoyevsky, Gabriel Garcia Márquez, Hemingway, Milan Kundera, Brecht, Camus, Aristóteles, Jorge Amado, Kafka, Umberto Eco, Eliot,Whitman, Reich, Mishima, que ao autor lhe suscitaram escrita e magia em a Biblioteca.

Está dito: «As cabras e o modo como se aproximam de um fio de erva podem preencher todo o cérebro de uma pessoa inteligente, mesmo que tal facto se passe às sete da tarde. A Natureza não abana com os nossos sustos, a não ser a parte da natureza que o nosso corpo representa.»

Campo das Letras ; 199 pag.

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